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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Vampire Diaries: Mais uma de vampiros...


Quando a série Vampire Diaries foi anunciada pelo canal americano CW sendo uma das suas grandes apostas para essa temporada, um grande alvoroço se deu entre os fãs do livro de L. J. Smith, pois era muito oportuno trazer vampiros para as telas quando a saga Crepúsculo de Stephanie Meyers e a série True Blood trazem os vampiros à moda. Mas o que ninguém sabia era como esses vampiros dos livros mais antigos do que a saga adolescente chegariam as telas, mas a cada noticia revelada e trailer divulgado a loucura aumentava, fazendo com que o golpe de Marketing da CW fosse um tiro certo, colocando a série como a recordista do canal por ter tido a maior audiência em uma estréia e aumentar os números a cada episódio, revelando-se um sucesso instantâneo e uma franquia de lucro certo. Logo após verificarem a audiência do terceiro episódio, os chefões da rede americana fecharam a temporada completa, o que é muito raro no mercado pós-crise. E posso garantir com base na minha experiência, que os vampiros estão com a 2ª temporada garantida, e só a perdem se acontecer alguma coisa muito bizarra mesmo.

O que garante o sucesso da série é a forma como ela trás essa história contada de todas as formas pelos dois sucessos do momento, pois eu digo que ela é um meio termo entre Crepúsculo e True Blood, ou seja, ela não é tão romântica, adocicada e profunda quanto as histórias de Stephanie Meyers, mas também não é tão violenta, sexual e controversa quanto True Blood. Ela pega um pouco dos dois mundos, sem ir a extremo algum. Garantindo uma posição segura para as suas histórias.

Onde está o melhor destes dois mundos?...Nos próprios personagens principais, onde temos Stephan Salvatore um vampiro “aparentemente” de bons princípios (como enfatiza o próprio interprete do mesmo Paul Wesley), só se alimenta de animais, quer se inserir entre os humanos, ter uma vida comum, é romântico, doce, uma alma torturada pelos pecados do passado e os desejos pelo sangue humano. Qualquer aproximação do personagem Edward, é mera coincidência. Já do outro lado temos o outro irmão Damon Salvatore que é um psicopata (como coloca o seu interprete Ian Somerhalder), se alimenta só de sangue humano e fresco, manipulador, frio, calculista, sarcástico, sedutor, sensual e capaz de usar qualquer artifício para conseguir o que quer. Ai escolha vários vampiros de True Blood, bata num liquidificador, que sai um sumo de Damon, não sei se terá tanto charme como o tal.

Como se não fosse suficiente o choque que os irmãos enfrentam por ter uma visão completamente opostas da vida, ou seria da morte, ou eternidade, já que um tenta impor seu estilo de vida ao outro. Os dois compartilham uma histórica trágica, foram apaixonados pela mesma mulher, Katherine, cuja uma de suas antecipadas mora na cidade de Mystic Falls, e ambos lutarão pelo amor dela, claro que cada um a sua forma.

A série tem apenas o livro como guia, referencia, mas muitas coisas foram mudadas dele, começando pelo nome da cidade que no livro é Fells Church, mas na série é Mystic Falls. No livro os irmãos Salvatore vêm da Europa para essa pequena cidade nos EUA, já na série eles nasceram na América e viveram em Mystic Falls durante a Guerra Civil e fizeram parte do núcleo de famílias fundadoras da cidade.

Agora a mudança mais agradável da transposição do livro para as telas foi à personagem de Elena Gilbert (que no livro é loira, mas na série é interpretada pela morena Nina Dobrev). Pois eles trocaram a personalidade das duas personagens femininas principais. Pois a doçura de Katherine dos livros passou para a Elena da série, e a personalidade calculista da Elena dos livros foi para Katherine da série. Pois justamente o fato de Katherine transformar os dois irmãos para tentar uni-los em um golpe de bondade fica meio forçado no livro, mas quando na série é colocado por um toque de ambição e maldade é mais compreensível.

O fato de Elena ser na série mais doce, amável, carinhosa, atenciosa, prestativa, amiga, companheira e tendo também um lado forte, faz com que a audiência sinta uma identificação maior do que se trouxesse a personalidade fútil, egoísta, arrogante, simplista e insuportável da Elena do papel. Pois nos livros a sua personalidade muda com um tempo, enquanto ela leva uns baques ao longo da trama e vê que a vida não era como ela pensava. Mas em seriado a coisa é bem diferente, o público não esperaria Elena levar a sua lição, pois ou o público se identifica, ou cai fora.

Outra mudança agradabilíssima foi que a história ganhou um pouco mais de profundidade, não fica como os livros, restrita apenas ao amor incondicional e doentio de Elena por Stephan. Na série eles se amam e ponto, não precisa mover céus e terras para provar isso, eles vão vencendo as barreiras como qualquer casal normal, e, além disso, tem seus próprios problemas para resolver, como Stephan que se preocupa bastante com o comportamento de Damon (mais atuante e charmoso na série do que nos livros), e Elena que tem o irmão problemático envolvido com drogas para lhe dar (outra aposta dos roteiristas, ao substituir a pequena irmã dos livros por um adolescente problema).

Temos Caroline, que ainda não é a viborazinha do livro, mas que está caminhando para isso e sempre é utilizado como ferramenta de Damon e alimento também. Bonnie a melhor amiga de Elena que é uma bruxa com papel mais atuante na série do que nos livros, já que a história dela se entrelaça com a de Damon, Stephan, Elena e Katherine. E Matt que até agora faz o papel do namorado traído, mas que certamente ainda terá um bom espaço nessa trama, principalmente depois dos rumos que a vida da sua irmã Vicky tomará.

A trilha sonora da serie é um show a parte, cada episódio você pode pinçar várias músicas para fazerem parte da sua playlist, as músicas parecem escolhidas a dedo para cada momento e está recheada dos ritmos mais variados possíveis, temos desde bandas góticas, artistas underground, pop e muito mais nessa salada música interessante. Na trilha temos desde o Pop da Katy Perry, passando pelo conhecido Placebo, indo pelo experimentalistas Moby, tendo um pouco de The Fray, passeando pelo eletrônico 3OH!3, os novos queridinhos Carolina Liar e A Fine Frenzy e a minha melhor descoberta Mads Langer com sua bela música The Beauty of The Dark. Como uma apaixonada por trilhas sonoras, poderia ficar falando aqui por parágrafos e mais parágrafos dessa trilha muito legal, e muitos dos fãs que conversam mostram a mesma satisfação com ela, correndo para baixar as músicas após cada episódio.

O melhor dessa viagem são os roteiristas imprevisíveis, que reúnem todos esses fatores em uma coleção de roteiros mundo bem amarrados, cheio de altos e baixos em um só episódio, em 8 episódios meu queixo já despencou várias e várias vezes, e volta meia eu solto um “Caramba!”. Sem contar os finais, que sempre deixam o gancho e urticária para saber o que vem a seguir, pois essa trama nem tudo é o que parece, o passado se mistura com o futuro e ainda existem muitas questões a serem respondidas, como: O que realmente trouxe Stephan de volta a Mystic Falls? O que trouxe Damon a Mystic Falls? Qual o segredo que Damon carrega? O que ele está tramando? Qual a ligação de Elena com Katherine?

Para saber essa e outras respostas, é só assistir nos EUA a CW todas as Quintas-Feiras às 20 horas. E no Brasil você pode ver na Warner Channel todas as Quintas-Feiras às 21 horas. Ou esperar a SBT tirar da sua estante e colocar na grade de programação.

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