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domingo, 14 de agosto de 2011

Rookie Blue: Proteger, servir e não estragar tudo.

 Esq. para Dir.: Traci Nash (Enuka Okuma), Dov Epstein (Gregory Smith), Andy McNally (Missy Peregrym),
 Chris Dias (Travis Milne) e abaixo Gail Peck (Charlotte Sullivan)


Volto à ativa falando de uma série que estou adorando acompanhar, Rookie Blue. Ela resgata uma certa pureza que Grey’s Anatomy já perdeu, por que nossos novatos da série médica (que já vai para a 8ª Temporada) não são mais tão novatos assim, e mesmo as adições posteriores não deram mais aquele frescor, aquele ar de “estamos perdidos”. Então veio Rookie Blue para dar essa nova brisa, mostrando o inicio da carreira de cinco policiais: a protagonista Andy McNally (Missy Peregrym), o atrapalhado Dov Epstein (Gregory Smith), a super-mãe Traci Nash (Enuka Okuma), o menino bobinho do interior Chris Dias (Travis Milne) e super-bitch² Gail Peck (Charlotte Sullivan).
A criação de Morwyn Brebner, Tassie Cameron e Ellen Vanstone pode ser muito parecida com Grey’s Anatomy de Shonda Rymmes, foi até acusada de plágio por muitos críticos, mas
depois de tanto tempo, acho que isso é até infâmia, sem contar que a série mostra estes policiais começando (e na série de Rymmes são médicos), que a maioria das séries mostram aqueles tiras cheios de si, seguros e mandões, diferente destes aqui, mostrando um bando de Tintas Frescas (apelido carinhoso dos antigos, por que o cheiro se sente de longe) perdidos vendo que as lições da Academia não são tão aplicáveis na rua, onde a banda toca em outro ritmo.
Atire a primeira pedra aquele que nunca fez merda no primeiro mês de trabalho, que nunca se perguntou “O que faço agora?”, se viu sem saber o que fazer...Eu milhares de vezes, por isso me identifiquei demais com esses policiais que começam de forma desajeitada, que o dia-a-dia e seus treinadores vão mostrando como as coisas funcionam, e ainda tem que lidar com os problemas civis fora do dever (eles chamam de out-of-duty) como todos nós, desde filhos (como é o caso da policial Nash), pais complicados (caso da policial Peck), vida amorosa complexa e traumas de infância (caso da policial McNally).
Mas a beleza não está apenas nos Rookies, nome que dão aos novatos, está também nos antigos da 15ª Divisão de Policia de Toronto, Canadá, cujo lema é "Proteger e Servir." e com um acréscimo do chefe "...E não estragar tudo": Chefe Frank Beist (Lyriq Bent), Detetive Jerry Barber (Noam Jenkins), Detetive Luke Callaghan (Eric Johnson na foto a esquerda), Sam Swarek (Ben Bass), Policial Oliver Shaw (Matt Gordon) e Policial Noelle Williams (Melanie Nicholls-King). Tendo cada um sua “doce” personalidade apimentando mais ainda a trama, como: o policial fanfarrão e metido a esperto Oliver Shaw, a esquentadinha e durona Noelle Williams, o estourado e sem regras Sam Swarek, o detetive focado e charmoso no estilo príncipe encantado Luke Callaghan, o detetive pegador e malandro Jerry Barber e o chefe que tenta manter a linha sem perder a ternura Frank Beist.

Ben Bass vive o tira durão, bad boy e charmoso Sam Swarek

No nosso momento menininha, vamos assumir que a mulherada vive juntamente com McNally a maior discussão amorosa da série, com quem ficar: O príncipe encantado e cavaleiro da armadura brilhante Luke Callaghan (Team Suke) ou suspirar pelo policial durão, do tipo bad boy, que não é aquele gato todo, mas tem o que chamamos de “borogodó” (charme inexplicável presente em homens que não são bonitos, mas te deixam louquinha para pegar), que é o caso do nosso caro Sam Swarek (Team Sandy). Justiça se faça, o ator Ben Bass tem o rosto feio, mas ai queridinha, você foca na expressão sacana que ele faz na hora H e vai em frente. Diferente do ator Eric Johnson (para mim o eterno Whitney de Smallville) que só de olhar a mulher já suspira, ele nem precisa abrir a boca.
Eu sei! Não reclamem garotos! O nível do blog e das epifanias não caíram! Oras! Isso aqui é escrito por uma mulher, e mulher comenta isso, sem contar que este é o lado da série que as meninas gostam: estes triângulos amorosos, conflitos existenciais, noivos que traem com ex, conflitos entre o ex-marido e o detetive com charme latino, ou você ficar entre o policial gostosão e bom coração ou o idiota de bom coração, é complexo e legal de se ver. Mas meninos, não se preocupem, tem carro voando, tiro, gente apanhando, tem tudo que precisam, investigações sangrentas e muito mais, não reclamem.
A série é um sucesso comprovado, quando estavam exibindo o 3º episódio da 1ª temporada, a Global TV estava tão empolgada que encomendou uma 2ª temporada que está sendo exibida agora, com a 3ª temporada garantidissima antes mesmo do 1º episódio da 2ª season ir ao ar. Pouquissimas séries conseguem tanta credibilidade diante do canal de TV, e batendo recordes de audiência da Summer Season (Temporada de Verão) como Rookie Blue vem fazendo, ela só vem brigando no mesmo nível de aceitação com Switched at Birth (que falarei no próximo post). E rola na boca pequena que a ABC (que exibe a série nos EUA) está negociando uma migração da série para a Fall Season (Temporada de Inverno e completamente VIP). Isso mesmo, aumentando a média de 13 episódios (que normalmente são produzidas pelas séries da Summer Season, já que são exibidas no intervalo da Fall Season), para 22 e colocando-a entre as séries nobres da TV Americana. Eu nunca ouvi relato de uma série da Summer Season migrar para a Fall Season, eu creio que Rookie Blue seja a primeira a fazer esse salto, o que eu cruzo os dedos para acontecer, por que ter ela apenas nas férias das séries é judiação demais. E quando vocês assistirem vão concordar comigo como ela é demais! Eu recomendo!
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² Super-Bitch: Super-Cachorra, quer dizer na linguagem coloquial que ela é uma mal amada, malvada, azeda, tudo de ruim que você pode imaginar.



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