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domingo, 3 de janeiro de 2010

A Esposa do Viajante do Tempo

Rachel McAdams é a esposa Clare Abshire e Eric Bana é o viajante do tempo Henry DeTamble.

A adaptação do livro de Audrey Niffenegger mistura ficção - cientifica com um belo drama. O drama é tão fortemente trazido no roteiro Bruce Joel Rubin, que até esquecemos a existência desta verve da ficção, pois a mão do diretor Robert Schwentke é tão boa em tornar a história palatável e realista para qualquer um de nós, fazendo com que vejamos com certa naturalidade o fato de Henry DeTamble ser um viajante do tempo.


Alguns já devem estar achando que sou condescendente demais, que eu apenas elogio os filmes, mas é que ultimamente tenho dado sorte em 95% das escolhas, ainda tem uns 5% a ser abordado. E este filme foi uma escolha maravilhosa, ele até furou a fila dos outros que tinham o review ma agulha, pois é um filme intenso, surpreendente com os caminhos da história, e há momentos que sua respiração parece ser roubada, em suspenso, sentindo a aflição dos personagens.A força da expressão de Eric Bana

Um dos responsáveis por essa aura de envolvimento e aproximação com o personagem de Henry DeTamble se deve a interpretação profunda equase visceral de Eric Bana. Desde quando o vi interpretando Heitor em “Tróia”, eu vi que este ator tinha essa força dramática presente em poucos atores. Ele tinha essa força tão grandiosa na tela, que ofuscou Orlando Bloom que tinha o papel principal de Paris. E ele provou sua força em cena quando enfrentou Aquiles (personagem de Brad Pitt) nas telas. Foi ali que eu vi a força dramática que esse ator tem. Como ele pode explorar seus personagens de forma intensa. E assim ele fez com esse viajante do tempo, dando tanta força ao personagem, mostrando como ele era tão apaixonado por aqueles a sua volta, como sua condição era tão incomoda, dando vida a aquele herói atormentado. Magistral a interpretação dele, que fez saltar as telas cada nuance, principalmente à sensação de abandono diante das inevitabilidades, de não poder mudar o futuro, mas apenas aceita-lo.

Outra ponta desta química perfeita está à atriz Rachel McAdams, que interpreta Clare Abshire, a personagem titulo, a dita esposa do Viajante do Tempo. Essa atriz que nos filmes “Diários de Uma Paixão” e “Vôo Noturno” provou sua força nas telas, principalmente no segundo filme, onde muito da sua interpretação foi apenas no olhar, ela expressava tudo que sentia através do olhar. E aqui em “A Esposa do Viajante do Tempo” ela faz uso de todos esses recursos, de todo seu poder na tela, da forma como ela parece resplandecer sendo a luz de um homem torturado, a forma como parece explodir diante das frustrações. Ela e Bana na tela dão todo o sabor do filme, todas as cores e força dessa bela trama.

E que trama!...Envolvente, onde você tem pistas do que irá acontecer, mas fica louco para ver como irá acontecer, pois ela espalha migalhas que você vai de forma voraz atrás, é uma trama tão bem costurada. Não sei se o livro tem a mesma força, ou seja, mais intenso que a obra nas telas, mas depois de ver o filme, você fica muito interessado para ler o livro justamente por causa da força da história. Que é tão emocionante, que no fim você lamenta, como todo bom livro, de ter terminado. Um grande filme que não teve a atenção merecida do mercado, pois ele tem tudo para ser um Best-Seller assim como o livro, mas tenho certeza que passará a ser meu filme de cabeceira.

Henry: "Isso é estranho!"...Clare: "Isso é mágico!"





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